quarta-feira, 17 de setembro de 2008

MESA REDONDA E 2° ENSAIO ABERTO

MESA REDONDA

O SER ESTRANGEIRO” e a pesquisa de linguagem teatral “A-CORDA


Reflexionar sobre este tema será de extrema importância ao trabalho de pesquisa da linguagem teatral A_Corda, da Cia. do Abração, de forma que o público interessado possa usufruir e compartilhar da construção do pensamento de uma obra.
A proposta visa promover um debate onde se apresentarão reflexões que resultam de pesquisas empíricas concernentes ao tema e método de criação, assimilados nos processos de trabalho da Cia. do Abração. Com tal ação a comunidade poderá se aprofundar em tema social de extrema e relevante importância também pela via intelectiva.

SERVIÇO
Mediadores: Blas Torres, integrante e assessor antropológico da Cia. do Abração e pelo mestre em psicologia e teatro, Francisco Gaspar, contando, também, com a participação do Diretor convidado, Wal Mayans, os quais compõem a equipe de criação do projeto e que detém o embasamento necessário para assegurar o desenvolvimento de uma profícua discussão.

Quando: 20 de SETEMBRO de 2008, às 18:00h.
Onde: Cia. Do Abração (Rua Paulo Ildefonso Assumpção, 725 – Jd. Social – Paralela com a Fagundes Varella).
Entrada: FRANCA

ENSAIO ABERTO

O segundo ensaio aberto do projeto de Pesquisa de Linguagem Teatral A-Corda
acontecerá com a condução de Wall Mayans, diretor convidado que desenvolve o treinamento do Teatro Primigênio desenvolvido a partir de sua experiência artística.

SERVIÇO

Quando: 24 de SETEMBRO de 2008, às 19:00h
Onde: Cia. Do Abração (Rua Paulo Ildefonso Assumpção, 725 – Jd. Social – Paralela com a Fagundes Varella). Entrada: FRANCA

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O SOBREVIVENTE

por Carolina Mascarenhas


Um pouco de poesia, para o nosso vazio ficar mais cheio de belo.


O SOBREVIVENTE

Impossível compor um poema a essa altura da evolução da humanidade.
Impossível escrever um poema - uma linha que seja - de verdadeira poesia.
O último trovador morreu em 1914.
Tinha um nome de que ninguém se lembra mais.

Há máquinas terrivelmente complicadas para as necessidades mais simples.
Se quer fumar um charuto aperte um botão.
Paletós abotoam-se por eletricidade.
Amor se faz pelo sem-fio.
Não precisa estômago para digestão.

Um sábio declarou a O Jornal que ainda falta
muito para atingirmos um nível razoável de
cultura. Mas até lá, felizmente, estarei morto.

Os homens não melhoram
e matam-se como percevejos.
Os percevejos heróicos renascem.
Inabitável, o mundo é cada vez mais habitado.
E se os olhos reaprendessem a chorar seria um segundo dilúvio.

(Desconfio que escrevi um poema.)

Carlos Drummond de Andrade