quarta-feira, 11 de junho de 2008

Oficina do Allisom

Fabricação de Instrumentos de Corda

Na postagem anterior tinha esquecido de falar da Oficina de musicalização. Agora, o que me resta é compartilhar imagens do que esta sendo este processo. Mas, antes quero externar, que não sei exatamente onde chegaremos com nossas experimentações, porem, posso assegurar que é um mundo aberto e com muita maestria e entusiasmo comandado pelo Alison, (camarada atirado e inquietante) até parece que vamos conseguir fazer música. Mesmo não saindo um conserto eu já apreendi que matemática e música são parentes que partilham seculos e que, ainda, com tanta tecnologia, inventar e reinventar permitindo-se exercitar a prática de explorar possibilidades nos da a chance de poder expressar-nos e quem sabe tocar lá no fundo, lá onde nasce os sonhos, na alma de nossos contemporâneos. Pelo menos estou sentindo que vale a pena continuar tentando.
Alison o cacique da sonzeira
....e o pessoal entra na invenção...
... inicio do conjunto, princípio da orquestra...
...dá um som bonito, pena que não se pode ouvir...

3 comentários:

Andressa Christovão disse...

O Legal da Oficina do Alysson é a quantia de questões que ele nos elucida. Musica (teoria musical) parecia um bicho de 7 cabeças!!
Ele consegue deixar de uma forma tão ... tão ... gostosa! Com videos, experimentos... conversas...
Outro dia, começamos a desenvolver instrumentos com uma corda, foi muito empolgante, nosso desafio agora é de criar melodias, pequenas frases musicais com a nossa invenção, agora vamos a obra!

Andressa Christovão disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Realmente não sei o que vai acontecer, mas estamos acumulando muito material e das mais variadas formas. Instrumentos, músicas em várias línguas, teoria...ai ai ai.

O SOBREVIVENTE

por Carolina Mascarenhas


Um pouco de poesia, para o nosso vazio ficar mais cheio de belo.


O SOBREVIVENTE

Impossível compor um poema a essa altura da evolução da humanidade.
Impossível escrever um poema - uma linha que seja - de verdadeira poesia.
O último trovador morreu em 1914.
Tinha um nome de que ninguém se lembra mais.

Há máquinas terrivelmente complicadas para as necessidades mais simples.
Se quer fumar um charuto aperte um botão.
Paletós abotoam-se por eletricidade.
Amor se faz pelo sem-fio.
Não precisa estômago para digestão.

Um sábio declarou a O Jornal que ainda falta
muito para atingirmos um nível razoável de
cultura. Mas até lá, felizmente, estarei morto.

Os homens não melhoram
e matam-se como percevejos.
Os percevejos heróicos renascem.
Inabitável, o mundo é cada vez mais habitado.
E se os olhos reaprendessem a chorar seria um segundo dilúvio.

(Desconfio que escrevi um poema.)

Carlos Drummond de Andrade