domingo, 27 de abril de 2008

OFICINA ESPAÇO, CORPO E SOM

Dentro do projeto de pesquisa de linguagem cênica, um dos compromissos firmados foi o compartilhamento da pesquisa ESPAÇO, CORPO E SOM, oferecida à comunidade, em 16 vagas gratuitas. Tivemos um público excedente e agora se abre espaço para comentários.

Maria Inés Gutierrez disse:
À Cia

Primeiro, eu é que gostaria de agradecer a deferência recebida, por ser acolhida mesmo não tendo mais espaço, no espaço!!!!!!(rsrsrs) Foi antes de tudo uma delícia encontrar vcs, a respeito da oficina, de fato nos faz pensar nesse conjunto que onde estamos está conosco, o corpo é claro, é nosso e nos leva à espaços e sons todo o tempo, é maravilhoso esse exercício!!!ADOREI!!Obrigada!
Grande beijo

Inés
Sheila da Rocha disse:
Oi, Cia. do Abração!
Obrigada, a oportunidade de compartilhar experiências com vocês é sempre somativa a todos os aspectos que engrandecem o bem, o bem estar e o bem social.
À Eliane Campelli agradeço os enlances de todos os momentos da oficina. A oficina gerou uma integração de igualdade entre os participantes, visto que o objetivo de fazer o seu melhor estava agregado a compartilhar com todos a ação. Acredito ser (fazer) saudável a (uma) competição, mas existem específicações para isso, e essa oficina conquistou que o melhor de si esteve dividindo com o melhor do outro. E isso somou a todos em suas especificações sem uma em específico. Bjbj
Sheila da Rocha
kusum disse...

Olá Campelli, Blas, Leticia & tribo abraçante do projeto espaço, corpo e som: uma das situações q + me sensibilizaram na oficina de domingo, dia 27 pp, foi a delicadeza e inteligência do processo de nos introduzir no espaçotempo junto aos demais participantes. A gradação, mesmo q intuitiva como Eliane comentou, é perfeita: primeiro cada um de nós se 'viu' no espaço e viu o espaço. Disse o nome e ouviu os dos demais. Depois explorou o espaço, sendo vez e outra convocado para falar sobre ele; em seguida explorou espaço e grupo, na dinâmica do zero um dois três. Foi perfeito. Eu, q comecei receosa, depois desta seqüência me senti quase 'em casa'. Os jogos do 'umdoistrêsquatro/umdoistrêsum doisum/umdoistrêsquatro' e o dos instrumentos foram arrasadores para autopercepção e exploração dos meus limites. Super valeu. Ficou a necessidade de prosseguir, de ir além: a condição de grupo pe altamente faiscadora. Obrigada Kusum Verônica Toledo

4 comentários:

st denis disse...

Olá Campelli, Blas, Leticia & tribo abraçante do projeto espaço, corpo e som: uma das situações q + me sensibilizaram na oficina de domingo, dia 27 pp, foi a delicadeza e inteligência do processo de nos introduzir no espaçotempo junto aos demais participantes. A gradação, mesmo q intuitiva como Eliane comentou, é perfeita: primeiro cada um de nós se 'viu' no espaço e viu o espaço. Disse o nome e ouviu os dos demais. Depois explorou o espaço, sendo vez e outra convocado para falar sobre ele; em seguida explorou espaço e grupo, na dinâmica do zero um dois três. Foi perfeito. Eu, q comecei receosa, depois desta seqüência me senti quase 'em casa'. Os jogos do 'umdoistrêsquatro/umdoistrêsum doisum/umdoistrêsquatro' e o dos instrumentos foram arrasadores para autopercepção e exploração dos meus limites. Super valeu. Ficou a necessidade de prosseguir, de ir além: a condição de grupo pe altamente faiscadora. Obrigada Kusum Verônica Toledo

Andressa Christovão disse...

Oficina Espaço, corpo e Som - projeto A Corda

A Oficina aconteceu no domingo a tarde e aberta a pessoas de fora do Abração, reunindo pessoas de diferentes areas e afins.
Foi interessantissimo observar a ansiedade das pessoas antes da Oficina começar, ansiedade por algo novo, por alguma técnica nova, sobre o que seria proposto. Alias, ansiedade foi a palavra chave de todo o encontro. Começou com as pessoas chegando, nos minutos antes de iniciar, permaneceu durante os momentos de imobilidade (como é dificial para muitos deixar o corpo neutro!) e ficou ainda mais evidente no exercicio 0, 1, 2 e 3 e no exercicio de andar em 4, 3, 2 e 1 tempos ritmados.
Em relação ao espaço, apesar de ter sito dito que usariamos todo o ambiente entre as 3 portas, pouco foi usado pelos participantes o chão azul, as arquibancadas e menos ainda o camarim.
Na rua as pessoas foram observadas pelas outras pessoas, que deveriam estar se questionando sobre o que deveria estar acontecendo ali, creio que os próprios participantes também se questionaram. As pesoas obedeciam e deixavam escapar a sua ansiedade...
...ansiedade...
... espaço ...
... corpo ...
... som.
(...)

H E L I O D E A Q U I N O disse...

Meu destaque nesta oficina vai para a novidade. Não que tenhamos realizado algo novo, mas para nós da Cia. que já fazemos esta oficina há tempos, realizá-la com pessoas diferentes dá outra visão sobre sua relevância. O descondicionamento, que é aquilo que precisamos ter todos os dias, nesta ocasião ocorreu sem muitos esforços. Colocar-se perante o novo (ou os novos) altera a percepção do velho. Perceber como já estamos condicionados, inclusive com relação a esta oficina, a comandos, a falta de explicações, ao excesso de racionalidade... Perceber que a dúvida faz parte de todo o processo e que não é pecado duvidar, nem perguntar, e executar o que entendeu é ponto chave para a descoberta de novidades. Creio que todos os que passaram por aqui no dia 27 de abril saíram "tocados" pela novidade pelo ser estrangeiro.

Zoltrax disse...

Achei excelente a proposta apresentada na oficina que culminou com a integração total dos participantes nos exercícios propostos. Aliás, este foi o ponto alto do workshop, a integração entre pessoas com as mais variadas vertentes artísticas.
Todos aprendemos algo novo durante o pouco mais de três horas que passamos juntos.
Parabéns aos organizadores e aos participantes da Oficina Espaço, Corpo e Som.

O SOBREVIVENTE

por Carolina Mascarenhas


Um pouco de poesia, para o nosso vazio ficar mais cheio de belo.


O SOBREVIVENTE

Impossível compor um poema a essa altura da evolução da humanidade.
Impossível escrever um poema - uma linha que seja - de verdadeira poesia.
O último trovador morreu em 1914.
Tinha um nome de que ninguém se lembra mais.

Há máquinas terrivelmente complicadas para as necessidades mais simples.
Se quer fumar um charuto aperte um botão.
Paletós abotoam-se por eletricidade.
Amor se faz pelo sem-fio.
Não precisa estômago para digestão.

Um sábio declarou a O Jornal que ainda falta
muito para atingirmos um nível razoável de
cultura. Mas até lá, felizmente, estarei morto.

Os homens não melhoram
e matam-se como percevejos.
Os percevejos heróicos renascem.
Inabitável, o mundo é cada vez mais habitado.
E se os olhos reaprendessem a chorar seria um segundo dilúvio.

(Desconfio que escrevi um poema.)

Carlos Drummond de Andrade